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A Maçonaria como sendo uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista requer antes de se inicial qualquer trabalho sobre o assunto, é necessário delimitar suas fronteiras sociais, exatamente para traçar paralelos perante as demais instituições , que assim como a sublime ordem, revela a evolução do ser humano como meta social a ser atingida, processo em constante transformação que dista às idéias primevas da humanidade.
Segundo Albert Pike, Maçonaria " não é especulativa, nem teórica, mas experimental; não sentimental, mas prática. Ela requer renúncia e autocontrole. [ ...] Penetra além da região do pensamento vago; além das regiões em que moralizadores e filósofos teceram suas belas teóricas e elaboradas suas esplêndidas máximas, alcançando as profundezas do coração, repreendendo-nos por nossa mesquinhez, acusando-nos de nossos preconceitos e paixões guerreando contra nossos vícios. [...] Boa parte dos homens tem sentimentos, mas não princípios.[...] Muitos desejam sinceramente ser bons Maçons. Assim dizem e são sinceros. Mas é preciso que resistem a certos estímulos, que sacrifiquem certos caprichos, que controlem seu apetite e sua sede em uma festança, ou que mantenham seu controle numa disputa, ai você verá que eles não desejam ser bons maçons naqueles casos particulares. Ou, se desejam, não conseguem resistir a seus piores impulsos. [...] Maçonaria é ação, não é inércia. [...] A fidelidade à sua missão será medida pela extensão de seus esforços e pelos meios que empregar para melhorar as condições dos povos. [...] Não é missão de a Maçonaria engajar-se em tramas e conspirações contra o governo civil. Ela não faz propaganda fanática de qualquer credo ou teoria, nem se proclama inimiga de reis. Ela é o apóstolo da Liberdade, da igualdade e da Fraternidade. [...] Onde quer que um povo se capacite à liberdade e a governar-se a si próprio, ai residem as simpatias da Maçonaria. [...] A Maçonaria ensina que todo poder é delegado para o bem e não para o mal do povo e que, quando pervertido de seus propósitos originais, o tratado está rompido e o direito de ser reencontrado.[...] O maçom é sábio e bem informado dedicar-se-à à Liberdade, e a Justiça. [...] Os gregos e romanos que nos causam admiração quase nunca precisaram de outra virtude, para extirpar tiranos, do que o amor pela liberdade. Foi esse amor que os levou a tomar a espada e deu-lhes a força para usá-la. [...] Lembrem-se de que a vida não é medida por suas horas e dias, mas pelo que fizemos em prol de nossa terra e nossos semelhantes. Uma vida inútil é curta, mesmo que dure cem anos; mas a de Alexandre foi tão longa quanto a de um carvalho, ainda que ele tenha morrido aos trinta e cinco anos. Podemos fazer muito em cinco anos e nada em toda uma vida. Se apenas comemos, bebemos, dormirmos e deixamos tudo seguir do jeito que der ou estiver; ou se vivermos apenas para amealhar riquezas, ganhar posições ou ostentar títulos, é como se nem tivéssemos vivido, não temos o mínimo direito à imortalidade. [...]
[...] Mantenha-se vigilante quanto aos interesses e à honra de seu país. E possa o Grande Arquiteto do Universo dar-lhe a força e a sabedoria para mantê-lo firme em seus altos propósitos!"
Muitos autores acreditam na impossibilidade de demonstrar cabalmente a época do aparecimento da Maçonaria no seio da sociedade, dado a precariedade de informações sobreviventes aos séculos de perseguições religiosas, sempre mancomunada com o poder secular. Conforme assevera Walter de Oliveira Bariani, Papas e reis, ao longo da história e por diversas vezes, se uniram para combater o "inimigo" comum: a Maçonaria, unicamente por esta pregar a liberdade de consciência como modelo ímpar no processo libertário do ser humano. Esses poderes, mancomunados para atingir os objetivos almejados, destruíram milhares de livros e obras artísticas que retratavam a Ordem nas fogueiras das opressões tirânicas mantidas e incentivadas pelo conluio religião/secularismo, além da perseguição ferrenha aos seus membros.
Alguns pesquisadores procuram situar a Maçonaria no contexto religioso tomando por base a proteção voltada às corporações de ofícios pela religião dominante, o catolicismo, que naquele tempo era o representante de Deus na terra - pobre de quem duvidasse dessa condição, logicamente que os construtores não iriam se insurgir com o poder papal, por isso adotaram santos como seus padroeiros e/ou patronos, entretanto, a bem da pesquisa séria e isenta de posições duvidosas, essa fase terminou com o período operativo sem qualquer herança a ser repassada ao especulativo, carecendo de base qualquer alusão sobre as origens da Ordem ligadas ao movimento cristão.
Uma das consequências da presença do clero nas corporações reflete-se aé nos dias atuais, especialmente na Maçonaria brasileira, porque, a cristianização das festas consideradas pagãs, notadamente no século V, transformou deuses em santos, anjos, como ocorreu com Janus, que à época da Maçonaria Operativa, era considerado o protetor daquelas corporações de pedreiros, notadamente os Collegia Fabrorum romanos. As festas solsticiais, ocorridas nos meses de junho e dezembro, sofreram esse processo de cristianização e Janus passou a incorporar a figura de São João e os festejos em sua homenagem se transformaram em memória de São João Evangelista, durante o solstício de verão (dezembro), relacionado com "Jana Coeli", lembrando João Batista. Com a presença do clero participando ativamente das atividades extra-ofícios próprios das Corporações, e sendo Janus, agora metamorfoseado em São João, seu protetor, aqueles colégios passaram a ser conhecidos como Lojas de São JOão e para mudar de simples protetor para padroeiro foi apenas um passo, que foi dado notadamente quando da implantação da maçonaria no Brasil, aliás, a única no mundo a cultuar um santo como seu padroeiro, infelizmente, conforme nos ensina Aquiles Garcia, pagina 56, esta ocorrência do século V.
Hughes Morville, juntamente com outros cidadãos escoceses e irlandeses, no ano de 1140, nortearam um fato importante na Escócia, a construção da Abadia de Kilwinning destinada a abrigar os mestres do ofício da construção. Passada uma década, essa Abadia veio a se tornar a Loja-Mãe de Kilwinning, ativa ainda em nossos dias. Em 1236, nessa mesma loja-mãe, o Grão Mestre James lord Steward recebeu como membros da confraria, além de outras pessoas ilustres, os Condes de Glouscester e Ulster, dando início , provavelmente, ao processo que transformou a maçonaria operativa em especulativa.
Os Templários, citados por René Guénon (Estudos sobre a Franco-Maçonaria e o companheirismo, 1º Ed. pg 80), a respeito da Loja-Mãe de Kilwinning, no Capítulo X, Heredom, informa que os Templários , em virtude das perseguições que sofreram por parte do papado e do rei da França, teriam se refugiado na Escócia sob a proteção do rei Roberto Bruce e, em retribuição, participado ativamente nas atividades da referida Loja-Mãe. É sob a égide dessas corporações e associações que ocorre o nascimento da Moderna Maçonaria.
Os trabalhos dos construtores provocaram uma verdadeira revolução no mundo conhecido, graças às fortificações que iam erguendo na medida em que avançavam terras adentro, as quais acabaram por se constituírem em burgos e cidades, e ao final do Império Romano essas localidades foram se transfrormando em Estados suseranos. Com a acomodação dos mestres construtores nas cidades, as corporações foram gradativamente desaparecendo, e em seu lugar, surgiram as associações dos homens livres , assim como as dos aldeões e servos, que passaram à posteridade como Guildas cujo caráter era sempre profissional, mas supervisionado pelo movimento religioso, conforme ensina Walter de Oliveira Bariani, (Graus Inefáveis - Mestre Secreto, pagina 30).
A presença de religiosos desde quando ainda operativa fez com que ocorressem mudanças nos hábitos dos então especulativos e a introdução da Bíblia nas reuniões maçônicas - que, destaque-se, surgiu no início do século XVIII.
A Ordem no Brasil, acabou por "herdar" esse costume e hoje é extremamente difícil o combate a tal prática, dado o sentimento religioso (uso da Bíblia nas Sessões) que permeia nosso povo. É preciso conscientizar o Maçom dessa realidade, tarefa que se impõe com urgência visando resgatar a pureza doutrinaria da Sublime Ordem, não religiosa, por excelência.
Veja então, a MAÇONARIA NO BRASIL. Clique na arquitetura ao lado.
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